Para quem quer fugir dos tons mais escuros, as dicas do dfaguasclaras estão nota 10 !

Capitão Fantástico”

O jovem diretor Matt Ross, que também é ator e roteirista, fez de “Capitão Fantástico” um filme que traz um novo olhar para a sociedade americana.
Aqui ele conta a história de Ben (Viggo Mortensen), pai de seis filhos que acaba de ficar viúvo e deve decidir sobre o futuro das crianças. Ben e sua falecida esposa optaram por criar os rebentos longe da civilização consumista e considerada “normal” e foram viver na floresta caçando, pescando, reciclando e estudando juntos. Quando ela morre, Ben vai ter qu repensar e redescobrir um meio termo para a vida deles.
O filme é bem interessante e apresenta um olhar diferente para o papel dos pais. Aqui vamos de um extremo à outro, mas o bacana da história é que, mesmo convicto de sua escolha, Ben é capaz de refletir sem perder a essência e até, porque não, mudar de opinião.Tudo isso porque percebe que os extremismos podem levar à lugares igualmente iguais quando se trata de sociedade opressora e autoritária. Nem tanto ao céu nem tanto à terra. Em tempos de internet e redes sociais tentando massificar a opinião das pessoas, o filme traz um alento e nos permite perceber que as escolhas que fazemos dependem, e muito, do conhecimento e das nossas próprias experiências.
Filme bom é aquele que faz o espectador pensar sobre um tema.
Esse filme faz isso muito bem. Há alguns diálogos bem interessantes, principalmente quando os filhos questionam suas vidas ao pai que, sem pestanejar, faz uma avaliação de suas escolhas e da influência, e consequências, que as mesmas terão na vida das crianças.
Já está no cinema. Vale a pena.

 

“O Apartamento”

O cinema iraniano surpreende já ha algum tempo. Vejam “Procurando Elly” e “A Separação”, por exemplo.
“O Apartamento”, que está concorrendo ao Oscar de melhor filme estrangeiro, já vem premiado de outros festivais e não decepciona.
Acho legal sair do mundo do cinema americano e mergulhar em outras linguagens cinematográficas.
O diretor, roteirista e produtor Asghar Farhadi construiu a partir de uma história simples um filme que testa os limites das pessoas.
O casal de atores Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti) estão prestes a estrear nos palcos o clássico de Arthur Miller “A Morte do caixeiro viajante”, um texto que fala sobre a subversão do sonho americano a partir da vida de Willy.
Neste momento da vida, Rana e Emad são obrigados a mudar de apartamento e um incidente envolvendo Rana abala a estabilidade emocional do casal que, sem querer, acaba refletindo suas questões pessoais para o palco onde atuam juntos.
Uma excelente opção para quem está a procura de um filme fora do circuito de blockbusters que abala o país.

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