Sem acordo, metroviários completam nove dias de greve; atualmente, circulação dos trens é de com 80%

 

Por Pablo Giovanni  | 📷 Foto: Tony Winston/Divulgação

29/04/2021 17:51, atualizado às 18:11 de 29/04/2021 

 

Os metroviários completaram nesta quinta-feira (29) nove dias de paralisação após reivindicações não cumpridas por parte da companhia, segundo o sindicato da categoria.

Apesar do não avanço nas negociações para a retomada do serviço total, o Metrô-DF encaminhou uma proposta à categoria em 14 de abril. O sindicato, no entanto, afirma que não há o que ser votado, já que não houve mudanças solicitadas no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), um dos estopins para a paralisação dos metroviários.

“A empresa [Metrô-DF] e GDF estão tratando a população e os metroviários com muito descaso, pois não se empenham em resolver em definitivo a greve e ficam tomando medidas paliativas, prolongando a greve. Infelizmente, já estamos no 11º dia de greve e não temos previsão para o fim do movimento”, afirmou o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF), em contato com o DFÁguasClaras.

A categoria dos metroviários, além de denunciar que a companhia tem descumprido cláusulas do ACT de 2019 ao último dia 31, cobram o corte do auxílio-alimentação, principal estopim para o início da greve.

“Nosso benefício é de R$ 1,2 mil, e o Metrô cortou. Não quiseram negociar nem diante do TRT. Além disso, querem cortar nosso plano de saúde e nossa previdência. São benefícios conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho”, afirmou, em 23 de abril, a diretora de administração do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô/DF), Renata Campos.

Com a paralisação, o Tribunal Superior do Trabalhou (TST) decidiu que os metroviários aumentasse os porcentuais dos trens, principalmente nos horários de pico para evitar a proliferação do coronavírus na capital. Na liminar solicitada pelo Metrô-DF e o governador Ibaneis Rocha, a corte decidiu que 80% do quantitativo dos trens funcionarão nos horários de pico, e 60% nos demais horários. Em nota, o sindicato afirmou que acatou a decisão e que a paralisação não é contra a população, mas a favor da manutenção dos direitos.

“O Metrô foi recorrer ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para aumentar os percentuais de funcionamento do sistema. O TST deferiu parcialmente, aumentando o quantitativo para 80% nos horários de pico e 60% nos demais horários. O Sindmetrô, antes mesmo de ser notificado, realizou uma assembleia no último sábado e nesta oportunidade decidiu acatar a decisão da Justiça, pois a nossa greve não é contra a população, é unicamente para manter nossos direitos já conquistados. Temos um documento do Tribunal de Contas em relação às cláusulas que a empresa quer retirar, que diz claramente que não existe exigência obrigatória para retirada de cláusulas , como afirma a empresa. A proposta da empresa era sempre no sentido de retirar direitos e a categoria recusou, pois não estamos pedindo aumento, mas queremos manter exatamente nossos direitos já conquistados”, concluiu em nota a categoria.

 Buscamos o Metrô-DF após declaração do sindicato, mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos resposta.

Paralisação dos rodoviários

 

Após a paralisação dos rodoviários da Marechal na última semana, o Sindicato dos Rodoviários havia emitido uma nota informando a toda categoria que haverá greve na sexta-feira (30), por 24 horas. No entanto, o governador Ibaneis Rocha (MDB) marcou uma reunião com a categoria sobre a principal reivindicação dos motoristas e cobradores: a inclusão dos funcionário no grupo de vacinação contra a Covid-19. Por isso, a greve marcada para esta sexta-feira (30) será cancelada.

Ato visando a pressão do governo, ao menos 26 vidas de rodoviários foram perdidas pela Covid-19 no DF. A categoria pede a inclusão dos profissionais junto com as forças de segurança, que estão sendo vacinados.

“A direção vem fazendo todo o esforço para conseguir seu objetivo por meio do diálogo, mas, infelizmente, o governo não parece estar disposto a atender a categoria. Vamos continuar investindo em uma saída negociada. Caso contrário, a paralisação será medida de força necessária”, diz o comunicado do sindicato, na última semana.
Na reunião desta sexta-feira (30), estarão presentes os secretários de Saúde, Osnei Okumoto, e de Mobilidade, Valter Casimiro. “Ao marcar reunião, o governador sinaliza sensibilidade para com a questão, o que faz parecer que é possível encontrar uma saída que não traga transtornos à coletividade”, informou o sindicato, em nota.
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