“Antes que eu vá”
 
Não é a primeira vez que o cinema passeia pela vontade que temos de poder mudar nosso destino. Poderia citar aqui inúmeros filmes recentes, para não me alongar nos mais antigos, que falam do mesmo assunto. De “De Volta para o futuro” à “Feitiço do tempo” o cinema explora esse assunto de várias formas.
Imagine uma garota que fica presa no dia em que morreu. Todos os dias ela acorda, revive as situações e já sabe qual será o final. É o que acontece com a jovem Samantha (Zoey Deutch), uma garota rica, popular, cheia de amigos e que namora o garoto mais desejado do colégio.
Até que um dia que tinha tudo para ser corriqueiro acaba mal e ela morre em um acidente de carro.
Acontece que Sam não se desliga. Todas as manhãs ela acorda novamente no mesmo dia e tem a chance de fazer diferente e, quem sabe, evitar o trágico final que a espera.
Apesar de o tema ser recorrente continua atrativo.
Sob o roteiro e direção de Ry Russo Young, a narrativa é confusa. Não dá para entender, por exemplo, por quanto tempo Sam vive essa situação. Nem porque isso está acontecendo com ela. Também fica confuso no desenrolar da história se as pendências que ela buscou resolver nessa segunda chance realmente terão resultado positivo na vida dos envolvidos e na dela própria.
Mas o bacana do filme é a abordagem de outro assunto recorrente: o bullying e os ataques virtuais à adolescentes. Vejam, por exemplo, o sucesso da serie do Netflix ’13 Reasons Why”. Já sabemos que essa é uma fase difícil na vida das pessoas e que a falta de maturidade e responsabilidade pode trazer resultados trágicos e irreversíveis.
Fica a dica mais uma vez para que pais e filhos procurem sempre o diálogo franco quando o assunto é não saber o que fazer.
O filme é baseado no livro de Lauren Oliver e a estréia está prevista para o dia 18 de maio.

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