“Aliados”

Robert Zemeckis é um bom diretor e coleciona sucessos. Posso citar “De Volta para o Futuro”, “Forrest Gump” e “Náufrago” só para lembrar alguns.E sua maneira de dirigir é quase autoral porque Zemeckis corre poucos riscos. Em “De Volta para o Futuro”, por exemplo, na primeira cena que abre com um plano sequência no laboratório do Doc, Zemeckis conta em pouco mais de 10 minutos tudo que precisamos saber para entender todo o resto. Ele foi simplesmente genial. Assim fez também em “Aliados”, seu novo longa que estréia essa semana.
Logo nos primeiros minutos já sabemos que Max (Brad Pitt) é um militar das forças aliadas inglesas e foi convocado para uma missão secreta com Marianne (Marion Cotillard)  sua falsa esposa que acaba de conhecer. Juntos o “casal” deve eliminar o embaixador da Alemanha no Marrocos. Acontece que Max e Marianne se apaixonam de verdade, se casam, tem uma filha e vão morar em Londres ainda durante a guerra. E viram a família margarina.
O conflito se dá quando Marianne é acusada pelos superiores de Max de ser espiã infiltrada e enviar dados roubados do marido aos alemães. Então Max deverá descobrir a verdade da maneira mais secreta possível. E vai viver um fim de semana angustiante antes de saber se terá ou não que matar a própria esposa.
O filme tem um desenrolar que funciona bastante. Brad Pitt mais uma vez comprova minha teoria de que é um bom ator. Gosto muito do Max cheio de emoções na medida certa que ele criou. Marion Cotillard já provou que é uma grande atriz faz tempo.
Se não fosse a cena final, os últimos minutos, eu diria que o diretor mais uma vez surpreendeu. Mas infelizmente ele optou por uma sequência cheia de clichês desnecessários e quase estragou o próprio filme. A fórmula dessa vez não funcionou como deveria. Apesar do deslize Robert Zemeckis ainda é um grande diretor e “Aliados” diverte, funciona e tenho certeza que vai agradar.
A estréia está prevista para o dia 16/02.

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