Fui ver essa comedia francesa e achei tão despretensiosa quanto o roteiro que ela apresenta. Marie Francine é uma mulher de 50 anos que é abandonada pelo marido. Aquele chavão clássico do homem mais velho que a troca por uma mulher mais nova provavelmente pra testar sua masculinidade, e pra piorar perde o emprego.

Sem onde morar e sem dinheiro pra se sustentar, não tem outra saída a não ser voltar a morar com os pais. E é a partir dessa nova situação inesperada que o filme se desenrola.

Valerie Lemercier, que assina a direção e protagoniza o filme, não se aprofunda em nenhuma das questões. Escolheu fazer um filme pra divertir com um finalzinho previsto. Talvez por essa falta de pretensão o filme até que funciona como uma sessão da tarde para dar umas risadas e sair feliz do cinema

Ao longo da história Marie Francine volta a ser tratada como criança pelos pais, conhece um novo pretendente (simpático português sem pinta de galã, o que é ótimo) e reaprende a arte de cortejar e ser cortejada, o que é uma delícia quando a gente não espera mais que essas coisas possam voltar a acontecer.

Cinema é uma experiência que passa pelo pessoal de cada um. Talvez a história seja boba  demais ao público jovem, cujas expectativas de vida ainda estão sendo construídas. Mas para as mais maduras e maduros, como eu,  dá uma certa esperança que a vida possa voltar a surpreender quando tudo parece perdido.

(stella.domenico@hotmail.com)

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